Prebióticos: São os alimentos para os microorganismos da nossa microbiota intestinal. Podem ser fibras solúveis ou polifenóis (compostos bioativos presentes em alguns alimentos, como ex. o resveratrol da uva). Tanto as fibras, quanto os polifenóis são encontrados principalmente nas frutas, verduras, legumes, cereais, cogumelos, entre outros. Consuma pelo menos 400 g/dia desses alimentos, distribuindo nas refeições. As frutas são sempre uma boa opção de sobremesa.
Probióticos: São microorganismos vivos que, quando suplementados em quantidade adequada, trazem benefício para o indivíduo.
QUANDO DEVEMOS UTILIZÁ-LOS?
Prebióticos: os alimentos fontes de fibras e alimentos coloridos fontes de polifenóis, devem ser consumidos diariamente para alimentar de forma adequada nossas boas bactérias intestinais. Em casos pontuais, pode-se lançar mão de suplementos de fibras prebióticas.
Probióticos: segundo o Guideline de Gastroenterologia Americana, as seguintes situações se beneficiam de probióticos: doença do fígado gorduroso, tratamento de H. Pylori, diarréia induzida por antibiótico e melhora da imunidade. Outras indicações não relacionadas diretamente ao sistema gastrointestinal como depressão, colesterol alto, SOP (síndrome do ovário policístico), candidíase, infecção urinária, também apresentam boas evidências em estudos científicos.
TODO MUNDO PRECISA TOMAR PROBIÓTICOS?
A resposta é Não! O que realmente vai fazer com que tenhamos uma microbiota em equilíbrio e benéfica para o nosso organismo é a adoção de um estilo de vida saudável, principalmente com uma alimentação limpa, rica em fibras e colorida. Mas, em algumas situações, como nas descritas no parágrafo anterior, os probióticos têm mostrado ótimos resultados.
VALE SABER: As bactérias desses suplementos vivem no máximo 2 dias dentro do nosso organismo, ou seja, elas são passageiras. Por não colonizarem o nosso intestino, elas realizam uma ação temporária.
Por isso, para a maioria das indicações, não adianta tomar probióticos se não houver mudanças no estilo de vida e na alimentação.
SOMENTE UM ESTILO DE VIDA ADEQUADO É CAPAZ DE MANTER UMA MICROBIOTA EM EQUILÍBRIO.
REFERÊNCIAS:
CARREIRO, Denise. Alergias, hipersensibilidade e intolerância alimentar. São Paulo: Ed. Denise Carreiro, 2019.
GUARNER, Francisco. SANDERES, Mary et al. Prebióticos e Probióticos. Diretrizes mundiais da Organização Mundial de Gastroenterologia. Fev. 2017. Disponível em https://www.worldgastroenterology.org/UserFiles/file/guidelines/probiotics-and-prebiotics-portuguese-2017.pdf. Acesso em 17/05/2023.
COLLEN, Alanna. 10% Humano - Como os micro-rganismos são a chave para a saúde do corpo e da mente. 1ª ed. Sextante. 2016.
PASSO, Flávio. Projeto Longevidade: Aditivos Alimentares. Disponível em https://projetolongevdiade.net/home. Acesso em 07/04/21. Acesso disponível somente para assinantes do curso.
ATENÇÃO: Todas as informações disponibilizadas neste texto estão aqui apenas em caráter de informação (e não de prescrição). Para uma prescrição individualizada procure um nutricionista funcional ou médico da linha integrativa ou medicina preventiva.